quarta-feira, 31 de agosto de 2011

TAM fica lotado para receber OSRN



O início da Temporada 2011 de Concertos da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN) não poderia ser melhor, casa cheia na plateia e camarotes. O público que compareceu ao Teatro Alberto Maranhão foi bastante variado, de crianças a idosos, mostrando que o gosto para a música clássica não tem idade.

Nesta terça-feira, 30 de agosto, o erudito "roubou" a cena por uns instantes no mês dos brincantes e folguedos que dão vida e brilho ao Agosto da Alegria. No palco, com a regência de padre Pedro Ferreira Costa, 66 músicos, entre efetivos e convidados da Sinfônica, tocaram dois clássicos que prenderam a atenção de todos, sob um silêncio absoluto, só quebrado com o reconhecimento das palmas à OSRN.

“Essa noite representa, indubitavelmente, uma fase nova para a Orquestra Sinfônica do Estado”, disse o diretor da OSRN, Franciso Marinho.

A primeira Peça apresentada foi a Abertura de Flauta Mágica, de Mozart. A ópera tem a forma de um complexo “Divertimento” que expressa uma postura Moral, personalizada a influência do bem e do mal, e oportuna a intercessão do “sobrenatural” para as transformações cabíveis na história da humanidade. A Flauta Mágica representa a última obra prima de Mozart.

Com movimentos suaves e bruscos padre Pedro regia a Orquestra enquanto o público “interagia” com a música de forma bem discreta, em um olhar mais apurado, um balançar de cabeça e até mesmo acompanhando o ritimo com os pés. Alguns chegavam a fechar os olhos para buscar no imaginário a beleza da composição.

 A segunda foi a 5ª Sinfonia de Tschaikowsky, dividida em quatro atos. Mais do que uma ambição de uma vasta e densa arquitetura musical moldada na plasticidade de uma harmonia cheia de profundo sentimento; permite fluir o encanto de uma melodia agraciada com a riqueza da fantasia, a novidade da argumentação do discurso compreensível e a solidez elegante da forma orquestral.

“Eu entendo que a Orquestra vive um momento mais oportuno e feliz para apresentar ao público a primícia do seu trabalho. A semente foi plantada e o primeiro fruto este sendo colhido”, afirmou o regente.

Com a abertura da Temporada 2011, a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte continua os Concertos Oficiais nas últimas terças-feiras de casa mês, podendo haver outras apresentações em datas a serem definidas que serão informadas ao público.

Padre Pedro Ferreira Costa – Regente

Padre Pedro Ferreira é Natalense, participou da Banda de Música do Departamento de Educação aos 7 anos de idade.  Criou o Madrigal da UFRN e o Coral Canto do Povo da Fundação José Augusto, que também está sob sua regência e criou também o Coral Lourdes Guilherme da então Escola Técnica Federal do RN. É Mestre e Doutor em Filosofia e Música pela Pontífica universidade Gregoriana e pelo Instituto de Música de Roma (Itália) defendendo a tese sobre o “De Musica” se Santo Agostinho, e Linguagem da Estética Polifônica.
 

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